Rev Bras Fisioter. 2008;12(3):235-40.
Força muscular e mortalidade na lista de espera de transplante de fígado |
EM.C;MRM.I;PA.L;CS.M;AP.B;PCB.M
“O transplante de fígado representa um grande avanço terapêutico às doenças hepáticas crônicas. Anteriormente, apenas era possível tratar as complicações. Atingida uma determinada fase, a doença evoluía para o óbito.”
(Pg236)
“No pré-transplante de fígado, os pacientes apresentam-se atróficos, com fraqueza muscular, o que proporciona o descondicionamento físico, expresso por redução da capacidade aeróbica, da força muscular e da resistência muscular. A redução da capacidade física no paciente pré-transplante de fígado afeta o desempenho para as atividades da vida diária e, conseqüentemente, a qualidade de vida2,5,17”
.(Pg238)
“A desnutrição em pacientes com doença hepática crônica aguardando o transplante de fígado é freqüente, tendo sido correlacionada às taxas de morbidade e mortalidade associadas ao transplante18. No entanto, a prevalência depende da etiologia da doença e do tipo de avaliação nutricional utilizada4. Embora muitos trabalhos utilizem os parâmetros clássicos de avaliação nutricional, como as medidas antropométricas e a determinação de proteínas plasmáticas, como indicadores de desnutrição em pacientes com doença hepática avançada, nem sempre esses parâmetros poderão ser utilizados de forma isolada2,4,5.”
(Pg238)
“É reconhecido o fato de que a cirrose hepática pode alterar a maioria destes parâmetros, levando alguns autores a sugerir uma avaliação nutricional mais detalhada para este tipo de paciente4. Neste estudo, apesar dos valores médios normais de IMC, o cálculo não está indicado, pois o método não é capaz de distinguir gordura de água localizada no abdome e as medidas ficam superestimadas. Uma avaliação de fácil aplicabilidade e baixo custo seria a análise das pregas cutâneas para determinar o estado nutricional.
O tempo de espera do transplante favorece o aparecimento de condições mórbidas, decorrentes do agravamento da doença hepática, da desnutrição, do hipermetabolismo e da inatividade física, as quais irão afetar o prognóstico18. No entanto, poucos estudos têm investigado a capacidade física e o grau de desempenho funcional durante o aguardo do transplante de fígado ou no pós-operatório19,20”
.(Pg238)
“Enquanto aguardam na lista de espera, os pacientes apresentam vários episódios de infecções secundárias, como peritonite bacteriana, infecção urinária e pneumonia, o que pode configurar estados infecciosos graves de alta mortalidade21. Nestes pacientes, a análise laboratorial demonstrou a gravidade da doença hepática. Esses valores demonstram que os dois grupos apresentam-se graves e, apesar de não demonstrarem diferença estatística, o grupo B apresentou valores médios menores – o que predispõe a uma menor mortalidade.”
(Pg238)
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